Bons filmes pra 2012!

Venho hoje indicar pra vocês dois filmes que assiti esse ano, ambos estreando nesse inicio de 2012 no Brasil e apostas pro Globo de Ouro também: Histórias Cruzadas (The Help) e 50% (50/50).

Histórias Cruzadas (The Help):

Com 5 indicações no Globo de Ouro, entre elas de Melhor Filme de Drama e de Melhor Atriz-Drama pra Viola Davis (interpretação memorável), o longa foi considerado um surpreende sucesso de bilheteria nos EUA. A história se passa no Mississipi, década de 1960, na época dos direitos civis, e aborda a divisão racial entre mulheres brancas no Mississippi e mulheres negras que trabalhavam para elas. Os personagens centrais do filme são Skeeter (Emma Stone), que acaba de terminar a faculdade e sonha em ser escritora, incomodada com a segregação racial na cidade ela decide pesquisar e entrevistar mulheres negras que sempre cuidaram das "famílias do sul". Apesar da confusão causada, Skeeter consegue o apoio de Aibileen (Viola Davis), governanta de uma amiga, que conquista a confiança de outras mulheres que têm muito o que contar, e as histórias contadas por elas são no mínimo comoventes. O filme é emocionante, mostra a relação dessas mulheres que pedem tão pouco da vida, que se dedicam a cuidar de famílias que nem são suas, sem nem ter o reconhecimento devido. Com muitos momentos tocantes, ele retrata situações grotescas, como a das donas de casa que exigem que pessoas de cor vá fazer as necessidades em um banheiro fora de casa. De certa forma é uma espécie de ensaio para as mudanças dos tempos que estavam por vim naquela época. 

50% (50/50):

Dramas sobre câncer, entra ano sai ano, estão sempre sendo exibidos nos cinemas, pode-se dizer que é algo até já saturado. Será? O filme intitulado 50% chegou para mostrar que não. Considerada uma comédia dramática, o longa conta a história de Adam, um jovem de 27 anos que possui uma vida bastante ‘certinha’, até que um dia, a partir de uma dor nas costas, descobre possuir um tipo de câncer raro localizado em sua coluna. O personagem é baseado na experiência real de Will Reiser, um roteirista de Hollywood que teve a doença aos 25 anos e venceu. O filme é leve, criativo e inteligente e consegue equilibrar o drama e a parte cômica nessa comedia otimista. Eu não vou mentir que adoro um bom dramão, mas esse filme conquista. Acaba que ele aborda mais sobre relacionamentos do que propriamente dito de câncer. Atuação perfeita de Joseph Gordon-Levitt, e te digo uma coisa: a vontade que dá é entrar na tela e abraça-lo! Muito lindo, pra rir e se emocionar!